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Donald W. Winnicott

25/02/2024

 

O "Núcleo rítmico _ A mãe, o bebê e o processo de criação” foi o tema do VII Encontro Gaúcho sobre Pensamento de D. W. Winnicott que teve como convidado de honra o psicanalista Henrique Honigsztejn, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro - SBPRJ.

 

 

 

 

Foi um encontro enriquecedor, de muitas trocas e aprendizagens com colegas expoentes em Winnicott que contribuíram com suas falas consistentes.

 

Alguns dos participantes deste belíssimo encontro foram:

 

Henrique Honigsztejn que foi o convidado de honra e nos falou sobre "Holding e sensualidade: as origens do artista criativo” e sobre  “O colapso do ritmo e a gênese da mente destrutiva”.

 

Lea Lubianca Thormann que proferiu sua fala sobre “Experiências estéticas: para que lugar regressamos?”

 

Luiz Marcírio Machado também participou da mesa que apresentou o tema sobre “O colapso do ritmo e a gênese da mente destrutiva”.

 

 

Um pouco sobre Winnicott

 

Winnicott (1896-1971) foi um pediatra e psicanalista inglês que trouxe grandes contribuições à psicanálise, entre elas a “teoria do desenvolvimento emocional” criada a partir de sua experiência com crianças e suas mães.

 

 

A "teoria do desenvolvimento emocional” é uma teoria do amadurecimento do ser humano, que sustenta que todos somos dotados de uma tendência inata ao amadurecimento, concebido como a integração numa unidade psique-soma.

Winnicott atribui à família um papel de alta relevância no desenvolvimento humano, consistindo no primeiro grupo natural de contato da criança. De modo essencial destaca a relação original entre criança e mãe. Enfatiza que inicialmente o bebê não existe como uma unidade em si mesmo. Neste estágio, a unidade é o conjunto ambiente-indivíduo.

Para ele a mãe saudável entra em um estado que ele denominou de “preocupação materna primária” que leva ao estabelecimento de uma relação empática com o seu bebê, adequando-se delicadamente às suas necessidades.

 

 

O psicanalista inglês também destaca a importância da "mãe suficientemente boa”, que não se refere a uma mãe perfeita, mas sim a uma mãe que provê as necessidades do bebê, porém eventualmente falha. A "mãe suficientemente boa” também frustra o filho em alguns momentos mostrando que ele não terá seus desejos atendidos imediatamente mas, ao mesmo tempo, também mostra que existe um tempo de espera.

Winnicott propõe que a mãe tem três funções fundamentais: holding, handling e apresentação de objetos.

O holding tem relação com a sustentação física e psicológica nos braços e na subjetividade materna, favorecendo a constituição do bebê como unidade.

O handling refere-se ao manuseio corporal nos cuidados da criança nas atividades de troca, banho, facilitador da formação psico-soma.

E, a apresentação de objetos - apresentação de mundo - vai possibilitar que o bebê crie o mundo, favorecendo a experiência do self num tempo e espaço compartilhados.

 

2021/Jun

 

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