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Psicanálise contemporânea

05/05/2024

Estou coordenando um Grupo e Estudos no CEPdePA/Serra sobre a Clínica Contemporânea, intitulado "A clínica psicanalítica contemporânea e as novas formas de subjetividades” e tenho a satisfação de contar com a presença da estimada colega Viviane Crocoli Balbinot como parceira.

Neste grupo estudamos recentemente um artigo do Fernando Urribarri que questiona "Como ser um psicanalista contemporâneo?”.

Abaixo coloco algumas ideias que destaquei do artigo do Urribarri.

 

Boa leitura!

 

 

Psicanálise contemporânea

 

Os modelos teórico-clínicos das “Escolas” freudianas e pós-freudianas não têm respostas suficientes para os desafios da clínica cotidiana. Esses modelos partiram de outras perguntas e focaram em experiências diferentes das que temos hoje.

O modelo teórico-clínico freudiano se constituiu a partir do enigma das histéricas, tendo os casos neuróticos como os casos paradigmáticos e focando o tratamento das neuroses de transferência. Nesse modelo, a metapsicologia se caracteriza pelo conflito intrapsíquico, tendo como técnica a análise da transferência neurótica via associação livre e atenção flutuante. 

 

 

No modelo teórico-clínico pós-freudiano, a metapsicologia inclui o eixo subjetivo, enfatizando as relações de objeto. O vértice, pulsional freudiano é substituído pelo do objeto e aí encontramos o objeto interno, o Outro, etc. As contribuições dos pós-freudianos possibilitaram uma “nova clinica”, expandido os limites da analisabilidade para as crianças e para as psicoses.

O método pós-freudiano enfatiza a articulação do eixo intersubjetivo centrado no objeto ressaltando a contratransferência. Enquanto o analista freudiano se equipara a um arqueólogo associado ao ideal do cirurgião e ao modelo do espelho, deixando de lado a própria subjetividade, o analista pós-freudiano se direciona para um ideal materno, priorizando o pré-verbal e fazendo uso da contratransferência.

 

                                  

 

                      

 

A psicanálise contemporânea têm a não neuroses e os estados-limite como os novos casos paradigmáticos. O pensamento clínico contemporâneo está debruçado sobre os modelos de funcionamento limítrofes e não neuróticos para pensar em novos dispositivos clínicos.

O modelo do ato e o irrepresentável ocupam a cena evocando a historicização e a possibilidade de transformar o conteúdo manifesto em conteúdo pensável.

O processo de representação é entendido como a função básica da psique e a modificação do enquadre se justifica quando utilizada para favorecer o trabalho de representação. Representação (funcionamento representativo) e enquadre passam a ser os eixos conceituais do marco teórico da psicanálise contemporânea.

Nesse modelo, o trabalho psíquico do analista se fundamenta no pensamento clínico e no enquadre interno, elaborando as intervenções em direção à representação. A meta é realizar um processo de elaboração e subjetivação através da palavra.

 

                 

 

Referências:

Urribarri, Fernando.  Como ser um psicanalista contemporâneo? 243 Da extensão do campo clínico à interiorização do enquadre. Revista Brasileira de Psicanálise volume 49, n.1 2015.

 

 

 


https://Instagram.com/rositaesteves.psicanalista

 

Rosita Esteves

Psicanalista

 

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2024/Maio

 

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